quarta-feira, 30 de julho de 2025

ICMBio toma medidas emergenciais para conter circovírus em ararinhas-azuis reintroduzidas na natureza

Olá, Araras Azuis! Hoje eu trago notícias muito tensas e extremamente preocupantes.

Um grupo de ararinhas-azuis do Criadouro Científico para Fins Conservacionistas do Programa de Reintrodução da Ararinha-azul foi solto em 2022, em Curaçá/BA, terra natal da espécie. Hoje existem 11 indivíduos em vida livre. 

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi informado sobre a ocorrência de casos positivos de circovírus, patógeno causador da Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos (PBFD), na população de ararinhas-azuis em Curaçá. 

Medidas emergenciais já foram tomadas, em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e um plano emergencial para contenção da disseminação do circovírus em Curaçá foi elaborado e está em implementação. 

Dentre as medidas urgentes, estão: 

Reforço nas medidas de biossegurança; 
Triagem dos animais do criadouro, com isolamento, em áreas internas, dos animais com resultado positivo para circovírus até que seja concluída a bateria de testes; 
Descontaminação dos recintos do criadouro e dos comedouros e ninhos utilizados pela população de vida livre. 
Devido a essa ocorrência, a soltura de um novo grupo de ararinhas-azuis, prevista para este mês, foi temporariamente suspensa. Além disso, o ICMBio, enquanto autoridade que autoriza o manejo in situ dos animais e órgão gestor da APA da Ararinha Azul e do Revis da Ararinha Azul, determinou o recolhimento das ararinhas-azuis de natureza, para que sejam submetidas a bateria de testes, resguardando assim a sanidade da população. O projeto será retomado assim que a situação sanitária estiver controlada. 

A Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos é grave para estas aves e não há tratamento, sendo uma preocupação do ponto de vista da conservação, o que justifica cautela e procedimentos rigorosos de controle neste momento.  

Importante informar que este vírus não afeta galinhas, patos e outras aves de produção e não representa nenhum risco à saúde humana.

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