quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Inadmissível: ONG alemã quer negócios com araras brasileiras ameaçadas

 

Olá, Araras Azuis!

Estou indignada com a covardia e crueldade da ACTP Parrots. Eu achava que eles eram uma ONG séria que se preocupava com as nossas araras, mas eles são um bando de gananciosos que querem vender nossas araras para fora do Brasil. Eu não vou me calar diante disso. Criarei uma nova petição: "As Araras Não São Lucro", e sim animais que merecem ser respeitados e protegidos. Perdi totalmente a admiração pela ACTP. Eles, ainda por cima, querem vender as nossas araras e nem avisam ao nosso governo. Que covardia!

Abaixo está a matéria na íntegra:

Uma ong alemã defende que negócios com a ararinha-azul e com a arara-azul-de-lear ajudariam em sua conservação. As aves são altamente ameaçadas, diz a convenção sobre o comércio global de animais e plantas em risco de extinção, a Cites. 

A Associação para Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP, sigla em Inglês), de Berlim, espera que o comércio das aves brasileiras seja aprovado na 77ª reunião da Cites, acontecendo esta semana em Genebra (Suíça). 

A proposta incidiria apenas em aves de cativeiro. A ong afirma que 47,3 mil transações já ocorreram com espécies no Anexo I da Convenção, o mais restritivo, sobretudo a países como Espanha, Alemanha, Países Baixos e Áustria.O possível comércio foi aventado pelo secretariado da Cites após vistoriar criadores de aves. A ACTP foi visitada em outubro de 2022. A ong tem acordos com o Brasil para reintroduzir araras na Caatinga.

Ao mesmo tempo, um documento da Convenção descreve que “significativos valores” envolveram a exportação de 30 ararinhas-azuis e araras-de-lear da ACTP a um zoológico em construção na Índia, em fevereiro.

Questionada por ((o))eco, a ong alemã não informou os montantes envolvidos na exportação das araras e afirmou que a mesma é ligada a uma parceria para ampliar espaço, capacidade de manejo e número de aves para reintrodução. 

“Essa operação não é uma transação comercial e nenhuma arara-azul-de-lear ou qualquer outra ave foi vendida”, afirma o documento repassado a ((o))eco pelo alemão Martin Guth, presidente da ACTP.

O acordo com a indiana Greens Zoological Rescue and Rehabilitation Centre (GZRRC) teria sido comunicado ao Governo Brasileiro em novembro passado. Todavia, Ibama e ICMBio afirmam não saberem do acordo para exportação das aves exclusivas do Brasil, como pede a Cites.

“É falsa a informação de que a parceria entre a ACTP e o zoológico da Índia foi reconhecida pelo governo brasileiro”, ressaltaram as autarquias federais a ((o))eco, por email.

Conforme os órgãos ambientais, a ACTP comunicou apenas a possibilidade de parceria com a empresa indiana, mas não detalhou o acordo e nem mencionou possíveis repasses de ararinhas-azuis da Alemanha à Índia.

Em dezembro passado, o ICMBio não atendeu a um pedido da ACTP para ingresso do zoológico no programa de conservação da ararinha-azul, pois a empresa asiática nunca apresentou os pedidos para adesão formal à iniciativa.

*Editado às 23h30, do dia 06/11/2023 para acrescentar a posição do Ibama e ICMBio
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