Olá Araras Azuis! Hoje eu trago para vocês uma curiosidade um pouco estranha do ponto de vista de algumas pessoas, mas que é bem interessante. Trata-se do fato da arara azul de Lear ser considerada uma praga agrícola. Querem saber por que ela possivelmente é considerada uma praga agrícola por alguns moradores? Então, leiam este post.
Sabe-se que as araras-azuis-de-lear se alimentam de milho cultivado em épocas de baixa disponibilidade de nozes de licuri. Para o agricultor, produzir qualquer cultura no ambiente hostil da caatinga é uma loteria com poucas probabilidades. A seca é uma ameaça contínua e embora a irrigação seja essencial para garantir uma colheita, normalmente está fora do alcance destas pequenas explorações. As Araras invasoras de colheitas, por mais raros que sejam, não são os melhores amigos de um agricultor que tem pouco dinheiro e uma família para alimentar. Araras que destruíam plantações foram, no passado, baleadas por agricultores. Este conflito ainda representa um risco para a população.
Proteger as araras azuis de Lear forrageiras é uma tarefa difícil porque elas se espalham muito desde seus poleiros e penhascos de nidificação. Constituída reserva federal, a Estação Ecológica Raso de Catarina fica ao norte da Fazenda Serra Branca e há planos de ampliá-la no futuro para incluir as falésias de nidificação e locais de alimentação local. Estranhamente, diz-se que o gado se alimenta do fruto verde do licuri dentro da reserva e, conseqüentemente, as araras só a visitam esporadicamente. A Fundação BioBrazil está atualmente trabalhando com o proprietário da propriedade Serra Branca para proteger os ninhos e fornecer uma área segura para a alimentação dos Lears. Em uma área da fazenda, a vegetação alta ao redor das palmeiras de licuri foi reduzida para garantir que os Lear explorassem plenamente todas as frutas disponíveis. A BioBrazil também está interessada em longo prazo e trabalhando para mudar o uso da terra na propriedade em benefício do ecossistema.
FONTE:Um relatório de Sam WILLIAMS publicado na Parrots em fevereiro de 2002 (edição 61, páginas 24-33)
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