quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Senado celebra 90 anos da regulamentação da medicina veterinária

 


Olá Araras Azuis!! Eu sei que isso pode parecer que não tem nada haver com Araras Azuis mas Acredite tem tudo haver sim, eu sou etsudante de medicina veterinaria e achei importante e interessante postar essa Noticia aqui no Blog por que os veterinarios são essenciais para a preservação das araras e outros animais em extinção!    

O Senado realizou nesta sexta-feira (15) sessão especial em celebração dos 90 anos de regulamentação do exercício profissional da atividade de médico-veterinário. Também foram comemorados os 55 anos de criação do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária e a eleição da primeira mulher que irá presidir o CFMV, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida, empossada no cargo durante a cerimônia.

A iniciativa foi do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que é médico-veterinário e presidiu a sessão. Em sua fala, ele destacou a importância da atividade profissional.

— A medicina veterinária tem evoluído e se mostrado uma atividade essencial para a saúde da população e para a economia brasileira. Os veterinários desempenham um papel fundamental na segurança dos alimentos consumidos pela população e na prevenção e controle de doenças, incluídas aquelas que são transmitidas aos homens (zoonoses).

O senador ressaltou ainda a importância dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária.

— Sem o trabalho realizado pelos Conselhos Federal e Regionais não haveria fiscalização do trabalho desenvolvido pelos médicos-veterinários e zootecnistas, que estão presentes em mais de oitenta áreas de atuação, como perícias, ensino e pesquisa, produção de remédios e vacinas, nas granjas, frigoríficos e entrepostos. A medicina veterinária é essencial para a preservação da saúde ambiental, animal e humana.

Durante a sessão, o Wellington prestou homenagem ao senador Jonas Pinheiro (1941-2008), “referência no estímulo ao desenvolvimento da agropecuária brasileira, que criou um programa de renegociação de dívida de produtores rurais e fez com que a agropecuária brasileira pudesse ter uma estrutura de financiamento e refinanciamento”. O senador também citou a atuação de Jonas Pinheiro no estímulo à pesquisa e na defesa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Wellington Fagundes saudou ainda Valdon Varjão (1923-2008), “o primeiro senador negro”, que chegou a substituir Jonas Pinheiro no mandato e depois foi eleito para o Senado.

Pesquisador veterano

No início da sessão, foi exibido vídeo sobre o pesquisador e médico-veterinário Milton Thiago de Mello, de 107 anos, que estava presente em Plenário. Professor durante décadas em vários países, ele escreveu mais de 200 textos científicos entre artigos e livros. Além de membro de mais de 30 sociedades científicas, ele já recebeu mais de 20 prêmios e distinções internacionais, inclusive da rainha da Inglaterra e do imperador do Japão. Em sua fala, o professor agradeceu a homenagem.

— Perguntaram-me há pouco qual o segredo da longevidade. O segredo é ter amigos, ter amizades e mantê-las. A amizade mantém o psiquismo em condições para reagir às pequenas e grandes agressões. Esqueçam as amargas e tenham presente sempre as atitudes amigáveis perante o mundo —revelou.  

Para Mello, o agronegócio sustenta o Produto Interno Brasileiro (PIB) e a veterinária é parte integrante dessa atividade. O professor, porém, afirmou, que o ensino veterinário no Brasil é uma vergonha.

— Como pode ser considerado decente um país com 450 cursos de veterinária, mais que o dobro de todos os cursos de veterinária do mundo. Um dia o Parlamento fará uma lei que permita fechar a maior parte desses cursos, tenho absoluta fé no futuro da veterinária, que será diferente da veterinária que se encontra no limiar, que a ciência modificará e a veterinária acompanhará.

Agradecimentos

Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária que deixou o cargo nesta sexta, Francisco Cavalcanti de Almeida falou sobre a reconstrução da entidade e prestou homenagens a antigos dirigentes, companheiros e apoiadores da instituição.

— A missão nossa é trabalhar para a sociedade. O Conselho é de todos, não podemos errar — defendeu.

A presidente eleita do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que assumiu o cargo durante a sessão, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida, agradeceu a homenagem prestada pelo Senado.

— Este dia é muito especial e importante para todos nós porque hoje seremos empossados para presidirmos o Conselho Federal de Medicina Veterinária e, em mais um ato histórico, seremos a primeira mulher a presidir a entidade maior da veterinária e zootecnia no Brasil. Vida longa ao Sistema Conselho Federal e Regionais de Medicina Veterinária, à veterinária e à zootecnia em nosso país — celebrou Ana Elisa, que elogiou a participação das mulheres na medicina em 2023, de 57,5%.  Segundo ela, as mulheres são maioria na população brasileira e alcançarão também os espaços de poder e de decisões. 

Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bania, Altair Santana de Oliveira disse que a gestão de Ana Elisa à frente do Conselho Federal de Medicina Veterinária será de “equilíbrio e modernidade”.

A nova gestão também recebeu o apoio do presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio Andrade Moura. Ele enalteceu a pujança do agronegócio brasileiro e garantiu que Ana Elisa “está preparada para uma jornada de modernidade e de integração de todas as entidades representativas da medicina veterinária”.

Presidente da Associação Brasileira de Zootecnia, Marinaldo Divino Ribeiro acredita que a zootecnia brasileira cresceu, expandiu e solidificou-se, tornando-se essencial ao longo dos anos por gerar tecnologia aplicada e formar profissionais de competência para atuar nas várias cadeias produtivas nacionais, contribuindo de forma efetiva para a geração de valor econômico e soberania alimentar ao país.

Antes do encerramento da sessão, médicos-veterinários e zootecnistas que se destacaram nos últimos anos receberam os prêmios Professor Paulo Dacordo (Medicina Veterinária), Professor Octávio Domingues (Zootecnia) e a Comenda Muniz de Aragão (Medicina Veterinária Militar), concedidos anualmente pelo CFMV. Em seguida, foram empossados os novos diretores do Conselho Federal de Medicina Veterinária para o período 2023-2026.

Ao falar em nome de todos os agraciados, a médica-veterinária Ekaterina Rivera, que recebeu o prêmio Professor Paulo Dacorso, agradeceu a homenagem e destacou o trabalho de seus antecessores.

— O futuro nos espera, e nesse futuro precisamos modernizar nossa veterinária tradicional e introduzir novas áreas que surgem em muitos campos de atuação — concluiu.

Fonte: Agência Senado

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