domingo, 7 de julho de 2013

IBAMA IDENTIFICA 27 NINHOS DE ARARA CANINDÉ NA BAIHA

   Elas aparecerem de repente. Por isso os avisos: ‘Seja prudente. Posso atravessar’.
  É noite e as capivaras nem ligam pros carros. Atravessam em bandos, sem pressa.
  Passeiam e nadam no escuro ou ao entardecer.
  No Parque das Nações Indígenas, um dos mais frequentados de Campo Grande, é muito comum encontrar uma família de capivaras atravessando a pista onde as pessoas caminham, correm, fazem exercícios. Elas estão tão acostumadas com as pessoas que nem fogem.“Chegou com várias escoriações na face, lado direito e esquerdo, e faltando todas as unhas”, revelou Álvaro Cavalcanti, veterinário.
Remédios escondidos na banana. Muito cuidado. Depois de meses de tratamento, a anta já está quase boa. Logo ela será solta no ambiente natural.
Outras chegaram filhotes. As mães foram atropeladas. Elas são tão mansas, porque cresceram no centro de reabilitação. Vão ter que viver em cativeiro pra sempre.
Animal silvestre tem de viver livre. Se reproduzindo então, é o ideal. Em Campo Grande, os casais ganham uma ajudinha.
Uma equipe de biólogos percorre a cidade atrás de ninhos. Nos parques, reservas urbanas, quintais e até nas avenidas movimentadas.
“Significa que a gente ainda tem um ambiente de qualidade que consegue ter alimento pra animais silvestres e a boa convivência para o homem”, afirmou Neiva Guedes, bióloga da Uniderp Anhanguera.
Dá trabalho monitorar a reprodução. O esforço atrai curiosos. E vale a pena.Esse ano, os pesquisadores identificaram na cidade de Campo Grande 27 ninhos de arara canindé. A arara sempre volta pra mesma árvore pra botar os ovos. E da postura, até o filhote crescer e voar são três meses de cuidados intensivos e essa ajuda da população, cuidando dos ninhos, é fundamental para proteger as araras.
Elizabeth deu até uma cópia da chave de casa aos pesquisadores.
“Às vezes eu não estou em casa e não quero atrapalhar de jeito nenhum o trabalho, então deixo eles com liberdade de entrarem a hora que quiserem”, disse Elizabeth Leopoldo, intérprete de libras.
A palmeira morreu. A caixa instalada é para o casal continuar botando os ovos. Três filhotes. O alvoroço começa cedo.
E são muitos cuidadores. Paulo viu que o ninho estava em perigo, chamou os biólogos.
“Daqui a 15, 20 dias no máximo ele vai está voando”, disse Neiva.
Wilson é outro vigia de arara.
   Já são mais de 100 araras canindé voando livres em Campo Grande. 40 filhotes nascidos só esse ano. Os pingos de azul e amarelo que          
enfeitam o céu da cidade, são a prova de que é possível conciliar preservação com o crescimento urbano.

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